Olhares do amor.

Meu olhar, procura muitas vezes

o quê não ver,

procura aquilo

que aqui não estar,

mais fundo quer penetrar,

tão raso você não quer perceber,

tão curto você não me deixa ir além,

tão ínfimo me sinto quando não

olho mais do quê posso olhar

tão limitado me fazes acreditar,

que não posso ir mais um passo

enquanto sinto,

dentro em mim, lá dentro

no silêncio, peito a estremecer,

um tilintar, ritmado,

harmonioso, compassado,

galopante, me faz fluir,

o tempo todo,

ideias, e sentimentos de paz,

que me compunge e deleta

a todo me refaz,

repensar, o sentido de viver,

nesse mundo de dor,

já dizia Schopenhauer, tudo é só dor,

mais como pode?

Si eu sinto desde já o frescor,

dessa pequena palavra

chamada amor.

Henrique Sacramento
Enviado por Henrique Sacramento em 28/07/2014
Reeditado em 01/09/2023
Código do texto: T4900132
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