Ela
Tingiu-se de esperança a menina dos olhos dela;
Alívio tamanho, a alma mal continha as apolíneas pernas,
Muito embora, ainda nas mãos segurasse uma vela,
Sua vontade era beber o defunto e gargalhar na taberna!
Só não sorria apenas, porque a vida lhe pedia cautela...
No entanto, seus cabelos em paz esvoaçavam da cela,
Cujo único desejo de luto acendia os fios dos cabelos dela!
Feito bicho que ganha a campina rompendo as grilhetas!
Dei um salto no tempo e o reflexo dela fez-me borboleta...
Olhar vago n'outrora, no hoje um afago, chorei o porvir!
Todavia, a esperança acesa (dela) ofuscou-me o sentir!
A célere vida roubou-a do amor primeiro, travou-lhe
os passos, rompeu com os laços, deixou a saudade,
e para sempre os sonhos de um amor verdadeiro...