Ela

Tingiu-se de esperança a menina dos olhos dela;

Alívio tamanho, a alma mal continha as apolíneas pernas,

Muito embora, ainda nas mãos segurasse uma vela,

Sua vontade era beber o defunto e gargalhar na taberna!

Só não sorria apenas, porque a vida lhe pedia cautela...

No entanto, seus cabelos em paz esvoaçavam da cela,

Cujo único desejo de luto acendia os fios dos cabelos dela!

Feito bicho que ganha a campina rompendo as grilhetas!

Dei um salto no tempo e o reflexo dela fez-me borboleta...

Olhar vago n'outrora, no hoje um afago, chorei o porvir!

Todavia, a esperança acesa (dela) ofuscou-me o sentir!

A célere vida roubou-a do amor primeiro, travou-lhe

os passos, rompeu com os laços, deixou a saudade,

e para sempre os sonhos de um amor verdadeiro...

Nalva Sol
Enviado por Nalva Sol em 18/03/2014
Reeditado em 28/03/2014
Código do texto: T4733333
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.