Meu pesar.

Estou sozinho caminhando na praia,

E no horizonte vejo os barcos,

Dançando uma silenciosa canção,

As gaivotas flutuam na brisa,

E além da rebentação as ondas a formar,

Turbilhões que se movimentam,

Trazendo segredos do fundo do mar, que chegam à areia,

Mas ninguém consegue decifrar,

A solidão aprisiona minha alma,

E a beleza do litoral, prende meu olhar,

Entre tantas pessoas que passam, sempre vejo você chegar,

Mas a miragem se desfaz, com o vento sul a levar,

Castelos de areia abandonados, reinos que vieram a acabar,

Governados pela pureza das crianças,

Invadidos pela maré do mar,

E as redes sendo lançadas no mar,

Junto à esperança do pescador,

De pegar uma sereia, de morrer de amor, ao a encontrar,

Pois a fome não é nada, comparado à desilusão,

De perder a mulher amada,

Eu continuo caminhando pela praia a pensar,

De todas as belezas a minha volta,

Eu só consigo ver o seu olhar,

Essa é minha sina,

Esse é meu pesar...