Velhos armários(Natal)
Na volta pra casa
o abafado mormaço
o cheiro de chuva no ar
e tocar
com as mãos
com os dedos o tempo futuro
abster-me das agitações
da euforia vã
e a onda do comércio
propagandas
em ondas
na tv
na internet cara
entre falas de clichês
vazios
nas mentes que não veem
que se comemora é o nascimento
do homem que mudou o tempo
calendários
guardados em velhos armários
que ainda duram
e perduram
nas mentes
que não tem tempo de pensar em amar.