Silêncio simples
Quando o silencio grita e o choro ecoa,
Voltam os fantasmas, os mesmos, mais fortes.
Sete vezes mais fortes. Como um castigo ressoa.
Na madrugada o som se multiplica, como morte.
Outrora a lagrima, hoje o soluço, olhos fechados.
A dois a solidão é mais aguda, a dor mais profunda.
A tristeza mais fina, e os lábios ficam mais calados,
Silencio esse quisera estúpido que me afunda.
Naufrago de mim, dos sonhos, das meras ilusões,
Os anos já não são os mesmos, nem a cor dos olhos.
Pedras me puxam e os sapatos me traem...
Fantasmas eternos que eu mesmo criei, agora eu creio.
Se um dia eles se forem, vou-me com eles também,
Pois esse silencio me compõe como o espaço do nada.
28.05.13