Silêncio simples

Quando o silencio grita e o choro ecoa,

Voltam os fantasmas, os mesmos, mais fortes.

Sete vezes mais fortes. Como um castigo ressoa.

Na madrugada o som se multiplica, como morte.

Outrora a lagrima, hoje o soluço, olhos fechados.

A dois a solidão é mais aguda, a dor mais profunda.

A tristeza mais fina, e os lábios ficam mais calados,

Silencio esse quisera estúpido que me afunda.

Naufrago de mim, dos sonhos, das meras ilusões,

Os anos já não são os mesmos, nem a cor dos olhos.

Pedras me puxam e os sapatos me traem...

Fantasmas eternos que eu mesmo criei, agora eu creio.

Se um dia eles se forem, vou-me com eles também,

Pois esse silencio me compõe como o espaço do nada.

28.05.13

Camila Cabral
Enviado por Camila Cabral em 28/05/2013
Código do texto: T4314028
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