A morte de um sol

De todos os sóis que não surgem, há um triste

Um que não se sabe de onde surgiu, ou mesmo

Fluindo manso, cálido e triste as vezes nasce.

Juventude sincera, mesquinha efêmera existe.

Deixou-se caminhar por onde não havia ruas,

Por onde as pedras não se batiam, diga, quem?

O nome cala e explode na escuridão, casas nuas

Fulgor proibido, incandescente e medonho que vem.

Crês impossível? sabes que sim, Se foi em vão

Está no mesmo lugar. Lua solitária se deita,

As vezes não. Então ressurges sombra no imenso chão

Traços indecisos ante a repulsa saudosa, infame seita.

Se foi. E seremos em vão!

Camila Cabral
Enviado por Camila Cabral em 31/03/2013
Código do texto: T4216725
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