Esse homem

Vapor de água, umidade,

E sons como quebrantos navegando, tempestade;

Seus cabelos em revolta,

Olhar de poucas amizades,

Poucos cuidados e afinidades,

Semblante arremessado à sorte,

Sobretudo o norte

Corpo findo,

Vão;

Vil resposta aos anseios,

Dos que lhe querem em arreios;

Foz de ribeirão,

Oceano de imaginação,

Corpo sob o véu da transição,

A quem pertencem as águas desse córrego?

Que sereia rege o teu caminho,

E quais terras deliberam seu destino?

Sou eu, nuvem carregada, chuva desmedida,

Que lhe preencho,

De amor;

E teu destino nunca será cego,

Porque será sempre ao encontro de mim que te espero,

No céu macio.