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PARADOXO
 
Feliz é o tolo
Que não sabe ler as horas,
Desconhecendo sua inércia.
Feliz é o tosco,
Por não sonhar mais que o alcance de seus braços,
Alheio à sua capacidade.
Feliz é o ignorante,
Por não imaginar a imensidão de respostas
                                                       à espera de perguntas.
Feliz aquele que não sabe voar
por não ter de escolher onde pousar;
Desprovido de arte.
Feliz aquele que não sabe sonhar,
Vive sem sabor, vegetando,
e nem imagina o que perde da vida.
 
Já não é mais o mesmo,
Aquele que ousou olhar fora de seu círculo,
Ultrapassou seus próprios limites,
Descobrindo numa centelha de conhecimento...
O seu ópio.
Já não é mais o mesmo,
Aquele que ousou um passo mais
E tem em si o conhecimento,
De não ter vivido em vão.
Um sonhador que não se aquieta jamais,
Tendo por único vício,
O doce pecado do saber,
Numa sede sem fim.
 
Feliz de mim,
Que bebi dessa fonte!
 
 
 

 
 
Walter Peixoto
10/08/2012