NA REDOMA
 
 
Em sua redoma vivia,
 
levando uma vida vazia,
 
sem interesse algum.
 
Prazeres? Nem sequer um...
 
Os dias passavam lentos
 
sem que tivesse alentos
 
que a ela motivassem
 
e fizessem-na sorrir;
 
aos poucos, deixava-se ir.
 
Até que um dia se foi,
 
- como todos, um dia, vão -
 
sem um suspiro sequer,
 
sem ter-se sentido mulher.
 
Jamais soube o que era ter
 
do homem amado, o prazer
 
de uma carícia sensual,
 
de um beijo trocado às pressas,
 
de corpos incandescentes
 
de mil toques envolventes,
 
 de um êxtase final.
 
Vida ... Que vida torta!
 
Esta já nasceu morta!
 
*****
 
RJ, 03/02/11
(não aceito duetos, por favor)