O sublime amor

Quantas vezes eu critiquei as pessoas que faziam os outros sofrerem, e eu também fiz.

Quantas vezes disse que era imbecil quem praticasse a mentira, no entanto, menti.

Quantas vezes disse que era desumano quem causasse dor, e eu também causei.

Quantas vezes eu abominei quem traísse, e eu também trai.

Quantas vezes eu julgava saber, mas não sabia.

Quantas vezes...

Mas a vida é um crescimento em seus erros, como um paradoxo em seu crepuscular.

Mas a luz surge, e deveras os mais sábios serem sem dúvidas os mais imbecis,

Pois nunca se consideram errados, presos nas jaulas da ignorância.

Não sabem eles o valor do perdão e não perdoam,

Não entendem o pai nosso, mas o dizem,

E juram... Eu sei...

Oh! Como eu queria ser como esses sábios que não erram, não metem, não causam dor,

Eles não são humanos, não traem, e sempre sabem de tudo como a perfeição.

A eles minha admiração mais estupida, pelo não perdão.

Mas eu prefiro os que se arrependem e choram,

Porque eles também me ensinaram

A perdoar os não “santos”,

O sublime amor.

TAS
Enviado por TAS em 11/06/2012
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