O sublime amor
Quantas vezes eu critiquei as pessoas que faziam os outros sofrerem, e eu também fiz.
Quantas vezes disse que era imbecil quem praticasse a mentira, no entanto, menti.
Quantas vezes disse que era desumano quem causasse dor, e eu também causei.
Quantas vezes eu abominei quem traísse, e eu também trai.
Quantas vezes eu julgava saber, mas não sabia.
Quantas vezes...
Mas a vida é um crescimento em seus erros, como um paradoxo em seu crepuscular.
Mas a luz surge, e deveras os mais sábios serem sem dúvidas os mais imbecis,
Pois nunca se consideram errados, presos nas jaulas da ignorância.
Não sabem eles o valor do perdão e não perdoam,
Não entendem o pai nosso, mas o dizem,
E juram... Eu sei...
Oh! Como eu queria ser como esses sábios que não erram, não metem, não causam dor,
Eles não são humanos, não traem, e sempre sabem de tudo como a perfeição.
A eles minha admiração mais estupida, pelo não perdão.
Mas eu prefiro os que se arrependem e choram,
Porque eles também me ensinaram
A perdoar os não “santos”,
O sublime amor.