INQUIETAÇÃO

Ouço lamúrias, vozes, gritos, alaridos...

No meu pensar introspecto,

Não sei o que faz sentido,

Pois entre olhares sofridos

Vislumbro belos sorrisos!

Os espinhos ferem, sangram...

Mas, oh, Deus:

Como pode as belas rosas

- indiferentes às intempéries –

Florescerem entre abrolhos?

Intriga-me a evolução dos seres:

Por que a felicidade de alguns

Depende de holocaustos de outros?

Por que a poesia me inunda

E me inquieta os sentidos?

Já não sei se vivo em mim,

Ou como penumbra triste,

Divisando as folhagens,

Sou um fantoche perdido

Na ilusão dos meus pensares.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 12/05/2012
Reeditado em 18/08/2012
Código do texto: T3663674
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