prendas
Meus poemas sou eu mesmo quem costuro,
Que alinhavo,
Que bordo e dá trato;
Eu negocio a moeda,
Eu mesmo compro o material,
Escolho as estampas e tecidos, meus temas se misturam e não há tendências ou modismos;
Sou eu mesmo que visto o que produzo,
E faço o que me vem da cabeça aos pés, por aquilo que flui em mim, e o tempo me ensina os valores de uma boa alfaiataria,
O tempo me ensina a coser coisas que são imagens travestidas de palavras
Mas cai bem em qualquer outro que experimentar.