POR QUE PARTISTE?

O amor é como o um vento intempestuoso,
Que carrega em si a força que move os corações,
E impele a união de corpos e almas,
Num sentimento sublime de benquerença.

O amor toca profundamente as almas amantes...
É a alegria da presença, movida pelos sublimes sentimentos,
Como é também a dor da ausência sofrida na saudade,
Deixando a alma em triste e tortuoso lamento.

Por que partiste, amor inebriante de minha vida,
Deixando-me em solidão implacável, com uma imensa saudade,
Que consome em angústias todo o meu ser,
Sangrando meu coração e ferindo minha alma?

Tu, amada minha, foste tão ansiadamente procurada,
E tão tardiamente encontrada, despertando o vulcão adormecido que havia em mim...
Mas antes, zelosamente, devia eu ter cessado a busca por esse grande amor,
Causa agora do meu perdimento, da loucura que se instala em mim.

Uma espada foi cravada em meu peito, fazendo-o se dilacerar...
Com tua partida em busca de novas emoções, mergulhei-me na angústia
De imaginar com quem estás, oferecendo teus lindos sorrisos,
Teus doces beijos, teu corpo sensual e tuas juras de amor.

Saibas, meu grande amor, que sou teu cativo eterno,
És tu cúmplice de minha dor, de meu silencioso choro,
Provocados pelos tormentos da saudade tua,
Que agora voa em outros braços e encanta outros corações.

Saibas também que, em meio aos delírios de minha mente,
Guardo as doces lembranças de nossos momentos,
Juntando os pedaços do sonho encantado que vivemos,
Que marcaram indecifravelmente minha alma,
E encheram nossos corpos de intensos prazeres.

Péricles Alves de Oliveira

Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 29/03/2011
Reeditado em 01/02/2012
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