Porque Solidão?

Não devo ocupar-te, só comigo,

No mundo desmesurado, ferido,

Açoitado, nos teus pequenos filhos,

Famintos ao relento, desprezados!

Se do homem te compadeces

Dando fruto que o alimenta,

Vem da terra, também o homem,

E tua é a força, que o sustenta!

Deitando por terra, a semente,

Que de tão boa, cresce valente,

Revigorada, doa seus frutos,

Que alimenta e acrescenta!

Na terra donde vive, extrai,

Seu pão e refugio do vento,

Eleva-se com o seu trabalho,

Tombado na terra, o corpo vai!

Solidário e passageiro vivo,

Esta é a vida dos pobres,

Companheiros dessa viagem

Neste vagão, pois estou,

De passagem!

Maria Jose
Enviado por Maria Jose em 10/02/2011
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