De:Silvino Potêncio > AS CORES DO NOSSO SENTIR...

Anos atrás, logo no início dos anos 80 aquando da minha chegada a Terras Tupiniquins, surgiu-me a primeira oportunidade de publicar, melhor dizendo,  de participar em concurso literário, cujo mote era algo em torno da Poesia Pessoana tendo por espírito a cor do sentimento humano.
Elaborámos um poema com o título "De que Cor será sentir!?”...
A cor do nosso sentir? A pergunta fica no ar!... (poema já publicado aqui neste espaço e também algures em um dos nossos Blogs) cujo texto, na integra original faz parte do nosso Livro “Poesias Soltas”!
Assim... retranscrevemos aqui "in fine". - Enviámos por correio o texto original para o tal Jornal e nunca mais soubémos de alguma noticia!... se foi ou não lido, e recebido.
- Se foi ou não sequer se foi analizado!... e muito menos divulgado, todavia não temos por intenção investigar e sim apenas divulgar aqui este poema que nos parece bastante profundo para reflexão daqueles que amam poesia!.

Passaram-se os anos, os sentimentos continuam os mesmos e as cores do nosso sentir criaram outras cores, inventaram novos tons, auto instalaram-se gradualmente no nosso sentir com novas nuances e eis que nos surge um texto da Escritora Americana   Gloria Chadwick onde ela nos traz de volta ao mundo "Alfa" aonde nós  nos revemos nessa auto análise, em ritmo da  poética de o dialogo entre o nosso sentir em “Alfa”... em perfeita harmonia com o nosso mesmo mundo interior mais conhecido por mundo “Beta”! – vale atualizarmos aqui os leitores sobre estes neologismos ou pseudo verbetes de origem mais recente, dentro do universo globalista da era contemporânea e pós neorealista internetiana do momento presente, mas em constante ebulição!
--- Na nossa percepção subconsciente, também conhecida por antecamara do salão onde se encontram os arquivos vividos e advindos do nosso dia-a-dia, "de sol a sol" que contéem o conhecimento da nossa Alma, está incorporada ao novo corpo físico, com todas as recordações associadas das nossas muitas vidas anteriores.
Tanto no nosso corpo e no cérebro, quanto a nossa mente unipessoal, o sentir com cor ou sem cor,  é um conhecimento unitário intelectual adquirido já desde o invólucro fetal, são sentires semelhantes a memória  um computador. Aliás a recíproca é que é verdadeira pois o computador foi inventado à semelhança do homem vivente e não o contrário!   O corpo e o cérebro consciente, conhecidos como “Beta”, representam o revestimento externo e os circuitos do computador.  
- A mente subconsciente, conhecida como “ Alfa”, é o disco do programa, o “agádê” do sistema humano racional... milhões de vezes repetido a cada microsegundo do mundo virtual contendo o conhecimento que alimenta o computador em ebulição constante... e evolução cíclica.

Mas,... dizia eu que, os pensamentos do nosso subconsciente montado para a formatação do nosso poema se situou em campo gravitacional tendo por base uma auto análise assim resumida décadas mais tarde...
 
(citamos)
A meditação que se segue irá ensinar-lhe a entrar no nível Alfa;
- Sente-se numa poltrona confortável que tenha apoio para o pescoço, ou deite-se num sofá, com o corpo estirado.
--- Comece a relaxar por meio de uma respiração profunda. Encha o peito e solte o ar lentamente. Por alguns instantes, concentre a atenção e a consciência na sua respiração.
Observe como o simples ato de respirar começa a relaxá-lo e perceba como você vai ficando cada vez mais calmo. Ouça o ruido da sua respiração enquanto inspira e expira, lenta e naturalmente. Comece a imaginar que inspira um sentimento de paz e uma sensação de bem-estar, e que expira todas as tensões e pensamentos supérfluos que abarrotam sua mente consciente.
Inale relaxamento...exale tensão. Inale calma e tranqüilidade... exale ruido e agitação. Inspire repouso e sinta-o fluir naturalmente por todo o corpo. Sinta seus músculos começarem a relaxar, à medida que vão liberando tensão e rigidez. Sinta o relaxamento fluindo através de você... sentindo os músculos relaxarem.. sentindo os nervos relaxarem... sentindo cada parte do seu corpo tornar-se totalmente relaxada e tranqüila.
Aprecie sentir-se calmo e sereno... repousado e em paz.
Enquanto você continua a respirar lenta e naturalmente, sentindo-se relaxado e em paz, e calmo e tranqüilo por dentro, imagine um belo arco-iris no firmamento.
- O arco-iris formou-se por causa da chuva que caiu bem cedo pela manhã, e do sol que agora se infiltra através das nuvens. As cores são vibrantes e puras... um espectro tremeluzente de cores que se misturam umas às outras. --- É o mais belo arco-iris que já viu em toda a vida. Ele o envolve como um domo perfeito que toca o céu e a terra. Você tem a impressão de quase poder tocar esse arco. Sente como se pudesse inalar as cores e nelas penetrar. Tem a impressão de que poderia percorrer o arco-iris de ponta a ponta, e penetrar no céu e no universo acima dele.
Você pode sentir-se subindo pelo arco-iris... flutuando por cima...alcançando lenta e naturalmente a cor vermelha na sua base... Pode sentir o colorido ao redor de si, e à medida que inala o colorido, começa a vivenciar a cor que o penetra. Absorvendo a cor na sua mente, você sente que ela se abre e se expande dentro da cor. Você percebe que sua mente se torna cada vez mais consciente e experimenta uma maravilhosa sensação de energia quando come‡a a percorrer as cores do arco-iris...
(FIM DE CITAÇÃO)
Este, como milhões de outros pensamentos que armazenamos no nosso mundo Beta,... em prefeita harmonia com o nosso sistema Alfa que nos sintoniza com o mundo exterior faz-nos escrever assim;

De que Cor Será Sentir?!...
A pergunta fica no ar!,...
Tal e qual, como bola de sabão, ao sabor da imaginação.
O poeta a fez, ... e não encontrou resposta.
Nem a esta, nem tão pouco às outras muitas,
E muitas outras que a vida nos coloca.
Sentir com cor ou sem cor, pouco importa.
O sentimento se nos apresenta da cor da nossa imaginação.
***
Nos tons do falso “arco-iris”, nas cores da alma que pena,
No brilho dos sonhos reais, ou na realidade da nossa física existência.
A cor do nosso sentir, reflete bem o que nos vai em mente.
Espelha a nossa condição de gente!...e nos mostra simplesmente
... o homem que é vivente!
Que luta com os pensamentos, que solta as idéias ao vento!
Que sente, e pinta de todas as cores, quando nisso encontra amores.
***
No negrume da amargura, ou no branco da pureza, ...
A cor do nosso sentir, nada mais é do que a cor da natureza!
No verde esperançoso dos homens, ou no azul cristalino do mar!
A cor do nosso sentir, se reflete sem parar.
No escaldante vermelho, rubro, roxo, incandescente!...
Ou nas cinzas da ilusão, se esconde a cor da paixão!
Dizem até que o amor é “rosa!...” que o sentir vai além da prosa.
... E o calor fica amarelo!
Dizem também que no olimpo, tem cores de azul-celeste.
Que a “dor”!,... de preto se veste.
– Quando o homem é vencido pela peste!
Mas, ... que cor é essa tão indefenida??!!...
Aquela que nos dá a vida?...
Aquela que ninguém Vê!,... porque não quer.
Na qual só louco acredita, e crê!
Na qual canta e verseja, 
A cor do seu muito sentir, e do amor que tanto deseja.

Para os loucos, (muito poucos) a cor do nosso sentir,
Pode ser (por brincadeira) a cor do nosso sentir,
 A cor de “burro-a-fugir”!!!
... sem pés nem cabeça, (que asneira...) .
O “ Pessoa poeta Fernando” jamais, (de acordo com os anais),
- encontrou na sua vida aquela cor pretendida!
A cor da nossa ansiedade,
A cor do nosso “porvir”,... Por isso ele perguntou: - - -
De que cor será sentir !!!???...

(in: Poesias Soltas> De: Silvino Potêncio – Natal - anos 80)
Original Publicado em http://zebico.blog.com
Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 03/09/2010
Reeditado em 23/04/2016
Código do texto: T2475774
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