POESIA EM MOVIMENTO

A minha poesia é assim

O ponto fica aonde o meu fôlego aguentar

Por isso não deixo

A excelentíssima gramática contraditória, absolutista e oligárquica

acabar com o que sinto

Sei que escrita é escrita e fala é fala

E que entre uma coisa e outra

há um ponto de interrogação

tão grande que nem a diacronia, anacronia e a sincronia explicam

Saussure levante-se, vamos em boa hora, vamos embora

Vambora, vumbora, umbora, bora, bó Saussure!

Chega de contradições e preconceitos lingüísticos

Quem fala vamos embora comete o mesmo “erro”

de quem comete o rotacismo

Oh! Frecharam a língua de Camões

E flecharam o que tem nos corações

Poesia é poesia e mundo é mundo!

Quem parou para observar conseguiu enxergar!

Qual a definição de língua?

A língua é tão viva quanto os olhos que enxergam

esta geração, quanto o coração que sente e quanto a cabeça que pensa!

Deixa de bobagem de pensar que as coisas não mudam!

Tudo muda, tudo se transforma!

Sai da tumba latim vulgar!!!

E não é que ele saiu in totum nesta poesia!

Você viu? Você sentiu? Está aí, assobiando em nossos ouvidos!

Como alma penada boazinha! É claro.

Renovação já ! Já passou da hora, não é mesmo Bagno?

Cristiane Bello

Bellíssima
Enviado por Bellíssima em 28/10/2009
Código do texto: T1892741
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