Com que roupas você virá?
Com qual sobrenome te conhecerei?
Como será sua alma?
Indócil ou apascentadora?
Você será quem é, ou outra personagem?
Tanto faz, todas desaguam em você...
Trará vidas à luz, conduzirá passageiros à agonia,
Encantará poeticamente os que não são dados as letras?
Interessa-me sua multiplicidade forjada aos quatro elementos
Como serão seus beijos e carícias?
Obscenas ou timidamente elaboradas?
Suas mil versões se emolduram no meu retrato
Por onde você andará?
Pelos céus, mares ou nos infernos que cultiva laboriosamente?
E seu caráter, como se apresentará?
Nobre, em pleno opróbrio ou meramente aceitável?
Vem!
Necessito da sua humanidade com urgência
A perfeição, ou qualquer coisa próxima a ela;
Só me é aceitável no sagrado
Por ora, minha querença é genuinamente humana.