Insanidade

Insanidade

Delasnieve Daspet

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A natureza silente e tolerante

Não manda aviso.

Fala, sem papas na língua,

Invade, destrói, estraçalha,

Na revolta contra a insanidade humana.

O soluço da aurora

Engasga no peito da manhã;

O entardecer reclama do crepúsculo de outrora.

As matas, os rios, os animais, ainda estão vivos.

Até quando?

Relegada ao abandono das loucuras,

Sem trégua, a mãe terra não descansa.

Nas mãos dos homens o seu destino

04.02.21