O VERDE EM CINZAS

A natureza

É a mãe do homem,

Que anda triste e angustiada,

Maltratada pelos os seus agressores,

Que de arrastão em arrastão nada sobra

Aos correntões.

O homem

“é o lobo do homem”,

Na escalada da busca do sucesso,

Queima o pequizeiro, a faveira e a aroeira,

A biodiversidade assassinada em cemitérios

De lenhas.

O progresso

É o desejo do homem,

Mas a fauna e a flora desnuda

E envenenada vive a lamentar e

Grita em silêncio a humanidade,

O que fazer com os grileiros das florestas?

A consciência

É o estomago do homem,

Contaminada pela ganância do consumismo,

No desejo do querer, que é a fortaleza do viver.

E no coração do cerrado a vida navega

Ambiciosamente.

O carvão

É a forca do homem,

Brasas em chamas nas caieiras

E nos caminhões que transportam amnésia

É o verde das matas em cinza,

No eco preto das mortes.

Edivaldo Lima BOY
Enviado por Edivaldo Lima BOY em 15/02/2018
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