Meu povo Hippies

Belos dias,almas tranquilas

entendi que era ripe,

que é minha outra família

muito mais que uma equipe.

Andei no Brasil inteiro

vendendo pulseiras de couro,

que aprendi com meu pai tropeiro

foi a herança mais valiosa

Conheci muitas famílias

de Hippies e artesões,

nos mocós, e deitados nas mochilas

nos dormíamos como verdadeiros irmãos.

Quando parava o bando

sempre tocava flata e violão,

rock, e rege ia cantando

com goró, e chimarrão.

Caminhando dias e noites

e nas cidades nós chegava,

caçados mas curiosos e fortes

nas ruas nós andava.

Mangueando brincos e anéis

já saia nosso rango divido,

ao contrario que diz os maneis

um banho é nosso lazer divertido.

Na praia ou na torneira

lavava o corpo e os panos,

eram muitas brincadeiras

com respeito entre os manos.

Mas quando um lance pinta

que agente se amarra,

nada que não queira, nem sinta

quando se quer se separa.

O povo nada sabe

do nosso modo de vida,

a liberdade a nós cabe

nossa família sabida.

Aqui na minha cidade

já vi morrer três gerações

sou ripe raridade,

os Hippies daqui, não tem os mesmos corações.

Fica aqui o manuscrito

do Hippies da terra perdida,

na bíblia esta escrito

paz e amor é nossa vida.

Me sinto um cão sem dono

sem minha família Hippie,

doente não tenho como

mas essa é minha estirpe.

La no céu tenho certeza

que a todos vou encontrar,

ripes dos mundos que beleza

de todas épocas e lugar.

Depois de milhões e milhões

de quilômetros de BR na estrada,

os Hippies são meus quinhoes

que Deus me deu de barbada.

Sou Angela ripe

e com orgulho te falo,

muitas carrancas criadas

meus amigos meu trabalho.

DIANA LUIS
Enviado por DIANA LUIS em 30/10/2017
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