A Filha das Matas

Há muito tempo,

Campos floridos a esperavam.

Matas fechadas também aguardavam

O cheiro da terra, as gotas do orvalho

As chuvas, as brisas silentes,

as tempestades quentes...

Saudavam as borboletas

O cantar das vertentes,

E revoadas de pássaros,

Anunciavam insistentes,

Chegou uma filha das matas!

Como fazem as estrelas cadentes

Anunciando aqueles que nascem

Com um brilho fulgente...

E assim se fez

A filha das matas é doce

É puro mel, é erva doce

Mas sabe ser cortante quando quer

Sagrado feminino, sabe ser mulher!

Vai, filha da terra...

Mais um ciclo a espera!

Presentes doces,

Doces esperas.

Porque sabes melhor do que ninguém

Usar bem o tempo enquanto esperas!

Seja livre, filha das matas!

Livre a voar como as águias.

Seja sábia, filha da terra!

Sábia como as corujas mais belas!

Com sua grande sabedoria

Por estes caminhos da vida!

Tu és a flor mais bela

Nascida do ventre da terra

Tú és como a lua crescente

Filha dos elementos

E hoje, tu és mais vida

Tu és o sol nascente!

Por Priscila Koller

26/10/2015

**Poesia em homenagem ao nascimento das mulheres indígenas.

Priscila Koller
Enviado por Priscila Koller em 17/07/2017
Código do texto: T6057263
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.