Borba, a Borboleta!

Borba, a Borboleta!

Borba era um ser rastejante

Triturador exímio de folhas

Em busca da transformação

Precisava de uma pausa

Em profunda reflexão

Acumulava celulose

Para sua metamorfose

Embora fosse uma lagarta

Fofinha, mole e azulada

Tinha presas afiadas

Mandíbulas, esmeril tesoura

Noite e dia as folhas picotava

Neste verde esmeralda

Ante o céu azul de anil

Via o verde das folhas

E o imenso céu azul

Sabia da dura lida

Por isso fitava o céu

Mas queria a liberdade

Então acumulava energia

Para hibernação

Certo dia, Borba se viu

Dentro do seu casulo

Mas viu que para voar

Precisava pupa ar

Ficar quietinha e sonhar

Em ter asas e voar

Então fitava o céu

E quiz imitar a cor

Então vinha na visão

Um anjo lindo e azul

No imenso azul do céu

Reconhecer-se nele!

Sua esperança não era verde

Era sim simplesmente azul

Fixou a cor do céu

Assimilando a sua luz

Absorvendo a sua cor

Matura suas asas

Eclodiu deixando

Àquela casinha nutritiva

Surge-se linda e bela borboleta

Azul de asas luminosas

Borba, a Borboleta

A fada eterna na linha tênue

Da vida na Terra..

Pousando folhas, flores.

E fecunda e felicitando

O ciclo da vida da larva

Pupa, e os ares do céu

No chão de folhas e flores, no céu!

Reijane Brasileiro
Enviado por Reijane Brasileiro em 17/07/2017
Reeditado em 25/09/2018
Código do texto: T6056982
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