Borba, a Borboleta!
Borba, a Borboleta!
Borba era um ser rastejante
Triturador exímio de folhas
Em busca da transformação
Precisava de uma pausa
Em profunda reflexão
Acumulava celulose
Para sua metamorfose
Embora fosse uma lagarta
Fofinha, mole e azulada
Tinha presas afiadas
Mandíbulas, esmeril tesoura
Noite e dia as folhas picotava
Neste verde esmeralda
Ante o céu azul de anil
Via o verde das folhas
E o imenso céu azul
Sabia da dura lida
Por isso fitava o céu
Mas queria a liberdade
Então acumulava energia
Para hibernação
Certo dia, Borba se viu
Dentro do seu casulo
Mas viu que para voar
Precisava pupa ar
Ficar quietinha e sonhar
Em ter asas e voar
Então fitava o céu
E quiz imitar a cor
Então vinha na visão
Um anjo lindo e azul
No imenso azul do céu
Reconhecer-se nele!
Sua esperança não era verde
Era sim simplesmente azul
Fixou a cor do céu
Assimilando a sua luz
Absorvendo a sua cor
Matura suas asas
Eclodiu deixando
Àquela casinha nutritiva
Surge-se linda e bela borboleta
Azul de asas luminosas
Borba, a Borboleta
A fada eterna na linha tênue
Da vida na Terra..
Pousando folhas, flores.
E fecunda e felicitando
O ciclo da vida da larva
Pupa, e os ares do céu
No chão de folhas e flores, no céu!