FOLHAS VERDES

Em cada folha de papel,

que vejo jogada ao léu,

percebo a grande pobreza,

do ser humano pela natureza.

Quantas árvores viçosas,

com suas sombras gostosas,

foram jogadas pelo chão,

para satisfazer a ambição,

de um único ser racional,

que não se importa com o mal,

provocado aos seus semelhantes,

agredido cada vez mais,

a natureza e aos animais.

Quantas folhas verdes,

agitaram se pela sede,

de nos ver respirar?

Quantos troncos tombados,

e em carvão transformados,

para as caldeiras alimentar?

Pode ser que, num breve futuro,

poluído e sem ar puro,

o homem, não venha ter,

nem mesmo como sobreviver.

E se acaso, faltar lhe a sorte,

certamente a fria morte,

será sua última companheira,

abraçando lhe na poeira,

que restou, da venenosa poluição,

que o conduzirá em um caixão,

feito com o mesmo papel,

que hoje jogado ao léu,

voa solto pelo vento,

enquanto destruído segue o tempo.

Nova Serrana (MG), 16 de outubro de 2007.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 06/03/2017
Código do texto: T5932767
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.