Chuva

Você se acha muito e deve mesmo se achar.

Afinal, ninguém agita um coração como sua magia faz.

Procurei no campo, na cidade. Na psicologia, na religião.

Procurei.

Foi tudo em vão.

Inútil meu pensar,

nesse badalo tão escandaloso quanto seu pulsar.

Seu modo de agir.

Torrente corrente e sem fim.

Tempestade que a ciência ignora.

Turbulência destruidora nas nuvens.

Pesadelo dos navegantes.

Desafio dos pensadores e filósofos.

A essência e o sentido de alguma poesia.

Isso tudo é você...

No dilúvio fez morrer como a semente para nascer nova gente.

Recomeço.

Nova historia.

Por três dias eu ti tenho,

não sei se vai embora e

nem sei se quero que vá.

Tenho problemas em casa.

A culpa não é sua.

O construtor que bebeu demais e

até hoje sofro amargamente.

Mas eu ti tenho.

Dizem ser você a destruidora de lares...

Também, a eleitora cordial dos políticos...

A motivadora da preguiça.

Existe um detalhe:

por sua causa, muitos neste momento, estão amando. Namorando.

Eu tenho por certo que nos veremos mais vezes...

Por enquanto, eu imploro que caia devagar.

Só molhe este povo de alegria, para nunca mais chorar.

Anderson Poesia
Enviado por Anderson Poesia em 08/05/2016
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