Natureza pede vida

Vejo a primavera

Na sua natureza

Como imaginar

A natureza sem a primavera

Como vê-la

Primavera sem ela

Natureza...

Ideia sem o vento

Fantasia sem a água

Alucinação na falta da luz

Sem a vida...

Asfixiado sem o ar

Delir irando na ausência da chuva

Na escassez do mar

Acomodado

Na falha do amor

Na deficiência dos afagos

Nesta lacuna dos seus carinhos

Incomodado

Sem som dos pássaros alados

Com a carência de cores

Vejo a natureza...

Nas borboletas fadigadas

Vejo tudo e não sou nada

Neste universo perverso

Que a natureza se pôs

Natureza assentada...

Achacada dá o troco

Maltrata...

Esta gente que pouco vê

Mas sente na carne

A dor

Natureza sem primavera

Primavera sem a natureza

Não dá,

Não há,

Ah primavera!

Sonho tê-la e entregá-la ao mundo.

Luiz Carlos Zanardo
Enviado por Luiz Carlos Zanardo em 08/11/2015
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