AS TRÊS ÁRVORES
Numa manhã de 1940 plantou-se na terra,
Junto ao Colégio Henrique Coutinho
Com muito carinho pelos alunos três
Árvores que mais tarde seria o símbolo de Iúna.
Seus galhos eram enormes,
Proporcionando bastantes sombras
Para os alunos que estudavam
Na parte da tarde na Escola.
Muitas crianças hoje formadas,
Divertiam-se em cada árvore,
Em cada galho e sombra
Na hora do recreio.
Em seus galhos pardais ficavam,
Passarinhos cantavam alegres,
Periquitos namoravam sentindo
Livres nas três árvores.
De seus galhos e de suas folhas
E troncos mandruvás caiam despercebidos,
Quando o vento soprava mais forte
Fazendo as suas folhas e galhos balançar.
Cada folha desta árvore
Contava uma história dos
Alunos que ali estudavam
Em seus troncos tranquilos.
De nada valeram os esforços dos alunos
Pois nem mesmo suas lágrimas
Conseguiram conservar as árvores,
Com a louca destruição do homem
Em busca do progresso e de muito
Prazer em destruir as árvores
Para poderem fazer carvão das mesmas.
Único tesouro da Escola e Municipal,
Únicas árvores históricas que
Representavam muito para Iúna e a Escola,
Hoje somente saudade resta das três árvores.
Hoje você não existe
Suas folhas pequenas já não
Sentem mais o vento
E do seu tronco forte aonde
Eu sentava para descansar
Virou cinzas queimadas pelo
Fogo numa churrasqueira.
Árvores vocês cresceram
Com o colégio e viram os seus
Alunos formarem e assistiram ao
Progresso de Iúna e hoje somente
Existe recordação em nossos corações.
Hoje passo perto do Colégio
Meus olhos enchem de lágrimas
Vendo um vazio nos lugares
Aonde vocês foram plantadas
Numa manha de céu azul.
Marcus Rios
Poeta Iunense – Acadêmico –
Membro Efetivo da Academia Iunense de Letras ( AIL )
Membro Efetivo da Academia Marataizenses de Letras