Águas Coloridas

Era a última gota de saudade

Que banhava o azul do mar.

A beira do cais tudo parece diferente…

Aqui, vejo praias pequenas;

De águas incolores,

De auroras inocentes,

De mancebos e falsos amores.

Lá, lá o mar não cala

As ondas não cessam

As auroras são inquietantes

E no verde-mar não se achava falsos amantes.

Lá no meu Pará

Converso com a maré

Sentido o frio da água

Que bate no manso pé.

Aqui, meus passos não vejo

Nessa triste área deserta,

Nem meu grito me responde

Só a saudade que desperta.

Nosso Brasil tem seus dilemas

Mas “nada” que seja torvo

E ainda que esteja longe

Não mata de saudade o povo.

Era a última gota de saudade

Que banhava o azul do mar.

Marta Santana
Enviado por Marta Santana em 13/09/2015
Reeditado em 22/03/2024
Código do texto: T5380241
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