De: Silvino Potêncio                
Ali,... na beira da praia!. 
 
- Ali na beira da praia,
...onde a onda se desmaia!...
Falente de emoção,
- como a cantar a canção,...
Da Lua... que lá do alto,
- gira-mundo em sobressalto!
Dia e noite sem cansaço,... se deita naquele regaço!!!...
 
Da praia que me faz saudade,
Dos tempos da tenra idade...
Onde o amor não tem preço,
Nem sequer a cor eu conheço!
 
Das nuvens que ali me cobrem, de beijos...
Ali na beira da praia...
Eu mereço!!!...
Que até, de mim mesmo eu esqueço!
 
Do Sol da cidade escaldante, em desejos...
E da tua silhueta sem turbante,...
Vai fundo, que eu sou teu amante!...
 
Ali na beira da praia,
... onde a areia se aquece!...
- Onde a memória me enriquece este baú de saudade.
Do tempo da tenra idade,
Em que tudo era vontade...
De amar!... de cantar!,... de espraiar!
... Os sonhos do meu olhar!
 
Este calor de “ófurô”,
Que aflora e diz ser o teu amor,
Que se esvai, e que se apaga... nas ondas do teu estertor!  
 
Ali na beira da praia,
Onde a onda se desfolha...
Se enrola... e se desdobra,
Qual languidez feito cobra,
Por entre os poros e pêlos,
Que cobrem todos os zelos!...
 - Que me chegam de cá de dentro,
Do peito, e da minha obra!...
 
Qual morada da Sereia que ali,...
- ali na beira da praia!...
Ali, onde a onda se desmaia...
Castelo de Areia eu levantei, em pensamento,
- É... onde eu vivo este momento!

 
(in: “Poesias Soltas”)
Autor: Silvino Potêncio – Natal/1980
Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 15/08/2014
Reeditado em 03/11/2014
Código do texto: T4924149
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