"o séquito do garanhão negro"

Pomposo, o garanhão negro Calígula relincha majestoso;

Ventas abertas, orelhas atentas e olhar temeroso;

As veias fartas de sangue a saltarem no pelo;

Patas inquietas a cavar o solo, precisava vê-lo.

Ritual que impressiona seguramente o adversário;

Estratégia natural do reino animal, semelhante a um revolucionário;

Seu séquito diariamente apresentava ainda mais encantador;

As muitas fêmeas no cio, escoiceavam-se pelo instinto arrebatador.

Dono de si e crinas ao vento;

Galopava em círculos, reunindo a tropa que o seguia a passo lento;

Reluzente, seu pelo ofuscava; brilho comparado ao veludo;

Sadio e implacável reprodutor; calda farta e bem peludo.

Miscelânea de raças têem seu sangue quente e forte;

Incomparável força de um garanhão jovem que usava o seu porte;

Sempre pronto para copular, seu harém de umas vinte éguas o aguardava;

O príncipe negro, apresentava seu séquito firme que a elas impressionava.