SALTANDO COM UM CANGURU
Um dia eu fui à Austrália
O continente distante,
E vi a parafernália
Que é sua fauna mutante.
Vi saltando bem pertinho,
Um Canguru e o filhote
O bicho é fedidinho,
Não serve para mascote.
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Num eucalipto eu vi
Um Koala dorminhoco
É marsupial dali,
Fica acordado bem pouco.
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O estranho Ornitorrinco,
Uma mistura curiosa
Numa moita eu vi cinco,
que família carinhosa.
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No parque de zoologia
Vi o Lobo da Tasmânia,
Bem quietinho, dormia,
Não sei se fazia manha.
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No mesmo parque gigante,
Um casal de tigres brancos,
Tinha atitude elegante,
E o olhar firme e franco.
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Vi também muita avestruz,
Gigante desengonçada,
Com a plumagem que seduz
E a corrida engraçada.
![](/usuarios/21115/fotos/707404.jpg)
De tudo o que mais gostei,
(sentimento não se explica),
Foi a ave que comprei:
A linda Calopsita.
Ela hoje é companheira,
Canta muito, é flamenguista,
Faz barulho da torneira,
E do alarme que apita.
![](/usuarios/21115/fotos/713211.jpg)
Não dá pra fazer a lista
De tudo o que vi por lá,
Vi coisas bem esquisitas,
Que no Continente há.
Um aborígene de aluguel,
Eu também vi no país,
E se prestava ao papel
De mostrar-se o infeliz.
Sua gente foi dizimada
E ele pra sobreviver,
Vive de cara pintada
Pra pagar o de comer.
Na Austrália, como aqui,
Não foi diferente não,
Mataram os donos dali,
Sem piedade ou compaixão.
Hull de La Fuente
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CROCODILO AUSTRALIANO
Maninha, você tem sorte,
esses não lhe causam dano.
Eu vi um bicho de morte
- Crocodilo australiano.
O bicho dava rabada,
querendo comer a gente
com aquela boca, dentada,
terrível como serpente!
Mas chegou um caçador,
laçou o pobre animal.
E o bicho do terror
virou bolsa no varal.
(Milla Pereira)