As Águas

Ela descansa no leito dos rios

Lança-se no espaço vazio

Escorre pelo corpo nu

Desce célere pelas nossas faces

Salgadas

Esparramam-se pelos Oceanos

Doces

Saciam a nossa sede

Violentas carregam a materialidade dos nossos sonhos

E sedimentam os nossos sentimentos em destroços à boiar

Livre

É pura e cristalina

E nos dá a química pela qual vivemos

Difícil para ela sobreviver no mundo, submissa ao Homem

Que quer criar um mundo só para si.

Por isso essa rebeldia avassaladora em todos os cantos do planeta.

Se o Homem respeitasse os caminhos das águas

Sobraria tempo para descobrir de forna maravilhosa que somos um único ser nas galáxias chamado Planeta Azul.

Robertson
Enviado por Robertson em 29/01/2012
Reeditado em 29/02/2012
Código do texto: T3467800