POESIAS PARA CACHORROS

Os olhos do cachorro cativavam meu espírito

Abriam a imaginação de uma sensibilidade envolvente.

Como uma espécie de deleite que enternecia os olhos com uma alegria desinteressada.

Que parecia que já nos conhecíamos antes, lado a lado, um dia éramos grandes amigos.

A beleza na pureza da recepção na alma é a dos cachorros.

Eles falam com os olhos, e não pensam coisas filosóficas.

Nada passa pelo reconhecimento do cheiro.

Pelo cheiro suas sensibilidades conhecem aquilo que possuímos no coração.

Alguns foram crianças que tocavam o sonho, como um cachorro sorrindo por viver um fim de tarde na praia com seu dono.

Existia um cachorro que via televisão, outro ficava na janela observando, pensando num mundo mais amigo da ternura.

Eu falava assim suas línguas ocultas, e me perguntava o que eles sentiam por dentro, e não acreditava que ali somente existia um ser mecânico.

Era poeta, e dizia...

Quem sabe um dia em outra vida

Eu também fui lobo.

Um cão para acalantar as crianças

para fazer de suas almas brinquedos

para os pensamentos e danças.

( Poeta das Almas )

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 13/12/2011
Reeditado em 08/09/2014
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