Vezes a poeira toma conta da varanda

Sentimento explicita quando morte aplica.

De tantos que falam que é uma sorte morte

Ninguém deseja chegar neste norte.

Debruçados nas sacadas das janelas

Resposta não chega e se desfaz nelas.

O que faz da dor tão presente

Quando quem partiu,

Partiu para eternidade eloquente.

Pois que seja varrer as poeiras

Ou encostar tudo pelas beiras

Deixar debaixo dos tapetes

Tirar das vistas se apagar o que se sente.

Que chega com as neblinas

No alvorecer nas sombras que disciplina

Que mesmo as poeiras lançadas das sacadas

Ora voltam e se alojam num chão de mágoas.