Os demônios da manhã
O sol quente atiça meus medos
E os demônios que me habitam
O veneno escorre pelos cantos da boca
E o suor pelos dedos das mãos
É pela manhã que a racionalidade me corrói
Entre as 6 e as 9 que meu mundo se destrói
É o despertar que inquieta meus desejos
O levantar que aumenta meus anseios
A raiva matinal é fugaz e atroz
Me tira o sono e os sonhos
Só me deixa os pesadelos
O dia mal começa
mas o cansaço já me abateu
A ansiedade quer matar
É quem morre sou eu