Cabeça sem fundo

Sobre a cabeça dos poetas

á mesa uma tenebrosa nação

na mão a pena escreve forte

o destino varrido, indo, á pura ilusão.

Quem tem cabeça obedece

as cantigas fúnebres sem coração.

Nós “gente”, ta enrascado

salve o grito do ditador

“Coroné desesperado”, no curral

passos fundos, tempos modernos.

A arma sai da boca

assustando o exorcista

o escravo, o pugilista

adeus sombra... incenso amor.

Caduca falas antigas

machuca meu amor.

Soldados em fileira, se vão

o comando é uma vírgula

escárnio, “soy loco por ti Brazil”.

Batendo palmas

na sola, no chão

temerosos de encontrar

no alto do morro

o outro inteiro “batalhão”...

A revanche é briga feia

é meio, meio é medo

ou quase o fim.

Não morra

na ronda meu amor.

A sigla quer mandar em mim

ao custo da estupidez inábil...

Os semelhantes afrouxam a paciência

qualquer carta disparada atropela

e quem sobrar.... pega o ladrão.

Cromeu
Enviado por Cromeu em 20/10/2014
Código do texto: T5005647
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