Abutre

No fim da noite

Há um abutre em minha sombra

Há um abutre

Ele paira, ele fica, parasita

O abutre no meu ombro, na minha alma

Sempre me arrastado pelo tornozelo até a cova

A cova de lembranças, a cova de arrependimentos, a cova que me puxa

A cova pela qual me apaixono, me prendo e pairo

Parasita

A graça já não mais me alcança

Perdido em sombras, vaga, sem rumo

Tentando me encontrar, se encontrar

Querer já não é mais suficiente

A que ponto chegamos?

Gwenhwyfar
Enviado por Gwenhwyfar em 12/03/2014
Reeditado em 12/03/2014
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