O rei

Pelos campos negros que se tornaram

uma parte necrosada de meus pensamentos,

eu navegarei por quanto me for dito necessário.

Sei que meu barco construído com madeira velha,

e as mágoas de um coração que não bate mais,

não serão suficientes para sustentar

as pancadas deste mar que dorme profundo.

Mas sei que no fim

tudo o que eu perseguir, eu conseguirei

seja um atestado de loucura, ou um de rei;

Eu serei.

Serei o rei dos sete mares mortos que não importam mais.

O rei do nada, o rei do resto.

O rei do ruim...

Sempre fui.

João G F Cirilo
Enviado por João G F Cirilo em 07/04/2013
Código do texto: T4227715
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