O real inevitável

Aquela que nos move em direção à morte

Que nos compele agora e sempre à mesma sorte

Que faz o homem louco respirar a vida

E se perder de vez na estrada dividida

É a pulsão voraz que anima o semovente

Que faz doer, que faz a gente andar pra frente

Essa doideira mata, mas mantém vivendo

Alucinada a mente vai se conhecendo

E quem não alucina morre, acaba, pira

Sem pai, sem mãe, sem lei, sem a que se refira

Pra não pirar sonhamos, inventamos dores

Choramos, desejamos, fingimos amores

Mas o final é certo a morte sempre vence

A vida não é nossa, nada nos pertence.

Weverton Duarte Araújo
Enviado por Weverton Duarte Araújo em 15/06/2012
Código do texto: T3725515
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