Loucura (Transtorno Esquizoafetivo)

Fica perto da ruína

Como droga, maconha ou cocaína

Vira sina

Já não sei o que me fascina

Confundi cheiro, vista, palavra escrita

Triste de quem em vão ensina

Grito, riso alto, coração palpita

Mãe ou familiar explica

Quantas vezes suplica

Que pare a revoução maldita

Por mais que repita

É vã a sanidade dita

Às vezes o dicernimento

Vem o alívio, o silêncio

Quase arrependimento

Quem sabe então remediado

Querido, amado

Ainda que venha o enfado

Um novo homem imito

Já não mais me irrito

Não há mais Mania

Extinto aquilo que sinto

Que não sabia por que acontecia

Também tenho apatia

Agora é fácil o sono

Acontecimento importante

É se acaso me apaixono

Pois agora há pouco libido

Estarei envaidecido ou entristecido

Quem sabe já penso em suicídio

Agora já então estive farto

Mas é triste se parto

Seria difícil para todos

Se acaso viesse me matar

Mas a dose vai baixar

Quem sabe aprenderei a amar

Aumenta o apetite, a fome

Cada vez mais distante o homem

Para quem sabe me casar

Pois agora meu manequim vai aumentar

Mas aos poucos entro em harmonia

Também entro em sintonia

E ao mundo espiritual peço

E o eu lírico dessa poesia sou eu, confesso

E já sinto alegria

Graças, seja bem dito, a um doutor

Que do enredo me fez reescrever a dor

E hoje já sinto que pude crescer

Salve minha mãe que não parou de me atender

E toda família que me viu renascer

Lisa Jordana
Enviado por Lisa Jordana em 16/04/2012
Reeditado em 06/04/2020
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