O Poeta Da Noite
As Estrelas Sorriem... Pois o Coração Desfalecido
Chora Aos Pés Da Núpsia Angustiosa.
As Estrelas Sorriem... Arrebata o Coração e a Ternura Morta
Do Eterno Destinado Do Sofrimento, Que Grita Para o Alto, Sua Insaciável Dúvida...
(O Que Ser Meu Âmago, Minha Carcaça, o Que Sou?)
(O Que Estou Fazendo Aqui, Por que Vim?)
Pois Me vou a Ida Ansiosa...
Minha Dúvida Se Esvoaça Na Imensidão, Até Por Fim Naufragar Nas Constelações Intatas.
O Poeta e a Noite, Um Casamento Indago...
O Poema Escrito Em Rítmicas Malvadas,
É Onde Simplesmente Me Afundo... Entrego-me...
O Caminho Da Noite... Onde Adormeço Em Tumbas Intactas,
Pois Que Me Vou, Quebrando-me Na Sonolência De Meu Ego...
Gritante Pelas Entranhas Da Dor
Queimo a Luz Do Luar...
A Noite Eterna Vaga, Em Meus Pensamentos De Esplendor
Pois Que Me Vou... Vou-me... Vagando Pelo Ar...
As Estrelas Sorriem...
Deleitando-se Em Meu Sofrimento.
Os Extremos Se Unem...
Em Linhas De Tempo Que Se Confundem.
As Estrelas Sorriem... Em Meu Espetáculo De Lágrimas...
(Estão Lá As Mãos a Sangrar!)
Escrevem a Interminável Saga De Meu Âmago,
Afogado Nas Lamas Do Pecado, e Que a Minha Procura Sempre Vem...
O Poeta Da Noite a Beleza Moribunda
Vai e Vai... a Espera Do Sol.
O Poeta Da Noite Pois Que Faz De Tão Infâmia Rima Confusa.