Alma Dilacerada

Iriam me notar se eu pulasse da laje,

quebrasse meu crânio e meu encéfalo

saísse da caixa craniana! Ah! Iriam!...

Talvez se eu pegasse essa peixeira de cabo preto

e a cravasse em meu peito

ou se cortasse os pulsos com ela,

enquanto vivo esta solidão dos infernos

que ninguém sente ou vê,

para verem a agonia do meu corpo;

porque os seres insensíveis

deste planeta mórbido

não conseguem enxergar que minha alma

está dilacerada.

Cairo Pereira
Enviado por Cairo Pereira em 07/07/2010
Reeditado em 07/07/2010
Código do texto: T2363934
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