LIBERDADE

O pássaro que dança em minha retina anseia por voar

Seu coração sangra e uma das asas está quebrada

Tenta mesmo assim, um vôo cambaleante

até o escuro do céu que some debaixo de seus pés

Sobe até perder o fôlego

atravessa oceanos, vales, montanhas

seus olhos lacrimajam, e baixinho soluça

ferido e quase cego dispara rumo ao infinito

tal qual raio aleijado e teimoso

Em uma redoma azul, fica transparente

Treme, vibra,brada,avança

Na carona desta ousadia guerreira

Espatifo-me de encontro ao muro.

No fundo uma luz brilha

E, antes de dormir eternamente

Leio por entre nuvens embaçadas

algo que julgo ser

LIBERDADE!!!

JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES
Enviado por JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES em 03/05/2006
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