Cantor? Ué, ele sagaz não!
Com um tal de piparote
Me parece que explode
Eta mídia que eu suporte!
E eu me pergunto como pode
Um mocinho fanfarrão
E a saudosa trajetória
O Seu Lua fez história
Tempos bons, tempos de glória
Sequestrada da memória
Uma pobre geração
Alto som, baixo calão
E o respeito à nossa gente
Foi embora com a zuada
Desse dublê de canção
Quero meu forró de volta
Qualidade que remonta
O meu bom velho sertão
Não me rendo, seu menino
Sou do tempo do refino
Do amor ao cancioneiro
Chega de ser bagaceiro
Vamos beleza produzir
Como o sol a reluzir
Do fim do poço ou túnel
Eu me junto e sigo o rumo
A quem interessa lutar
Por um forró verdadeiro
Da sanfona ao pandeiro
Eu prefiro acreditar
Sei que ele tem dinheiro
Mas não compra o celeiro
De talento a despontar
Para ele um safanão
Pois meu rei é Gonzagão
E esse tal de " ele sagaz não"
Enche seu bolso e seca o coração
De que ama boa música
E cultua o rei do baião.