AZAR OU SORTE?



Viajar? Tudo de bom!
Tudo o que desejamos
É que a viagem saia perfeita.
Desde a partida
Até o retorno para casa.

Mas as vezes tudo corre bem
Até que algo foge do esperado.
Pode ser uma mala extraviada.
Atraso ou suspensão do vôo.
Um traslado que não chega a tempo.

Epa! Foi aí que tudo começou.
Traslado hotel de Bariloche para o aeroporto.
Tudo certo até nosso relógio
Marcar uma hora de atraso.
Resultado: embarque apressado
Com acentos separados e stress.

Chegada em Buenos Aires perfeito.
Tempo para mudar de aeroporto:
Quatro horas. Tranqüilo.

Retirada das bagagens: OK
Pagamento de um táxi Remise
Aeroparque ao Ezeize: OK.
E lá fomos nós tranqüilos.
Tudo dentro do previsto.

No caminho entre os dois aeroportos
O trânsito estava pesado.
Fim de expediente.
Motorista simpático, apressado,
Fazendo uso do acostamento
Para ganhar tempo.
Até que meia hora depois, anunciou:
- Carro com problema.
- O que? Foi nossa resposta.

Instantes depois,
O motorista já não parecia mais tão simpático:
- O carro não pode mais seguir.
- Como? Temos vôo internacional.
E lá ficamos. Nós dentro do carro
E o motorista ao celular fora do carro.
O tempo correndo,
E os carros voando ao nosso entorno.
E o tempo voando.
A cada pergunta,
Uma resposta: O socorro já chega.
A ansiedade e o medo aumentando
E o relógio voando.


Uma hora depois
O socorro chegou.
Fomos obrigados a caminhar
Até outro ponto para transferir as bagagens.
E lá fomos nós outra vez.
O velocímetro lá em cima
Dizia que o trajeto ainda era longo.

Finalmente depois de mais meia hora
Chegamos ao Ezeize.
Protocolos cumpridos e embarque; OK

Chegamos em São Paulo
Com uma hora de atraso.
Bagagens na mão,
Fomos acertar um táxi credenciado no aeroporto
Com endereço do hotel detalhado.

Uma hora mais tarde,
Lá pelas duas da madrugada
Chegamos ao hotel.
Entramos e um atendente meio sonolento
Nos recepcionou:
- Pois não?
- Temos reservas neste hotel.
Depois de conferir, veio a resposta:
- Não há reserva neste hotel.
- Como?
Entregamos as reservas.
- O táxi errou o endereço, foi a resposta.
-O hotel de vocês fica a dois quarteirões daqui.
- Como?

Imagine a situação da gente.
Sinceramente! Deu vontade de chorar.
O cansaço era visível.
Mas vamos lá, pensei!.

O atendente do hotel até que foi esforçado.
Ligou para um táxi.
Mas quem vai sair de casa as duas da madrugada
Para dirigir dois quarteirões em São Paulo?

Conclusão:
Pegamos nossas malas de brasileiros,
Nossas mochilas e agasalhos
E saímos arrastando tudo aquilo
Ladeira acima, as duas da madrugada em São Paulo.


As quatro da madrugada
A adrenalina ainda corria solta nas nossas veias.
Como o sono não vinha
O assunto do dia rendeu boas gargalhadas.
Podia ter sido pior.
Mais tempo livre, mais compras.
Oh dia!

Após longas horas de stress
Sempre surgem algumas perguntas:
- E se o motorista argentino estressado tivesse nos largado em meio
a avenida de acesso ao aeroporto,
Com malas e mochilas e a noite caindo?
E o tempo se esvaindo?

Ou, se o traslado não tivesse chegado a tempo para o embarque?
E o táxi em São Paulo?
Se tivesse nos deixado no endereço correto?
Óbvio: Menos stress e ansiedade com certeza.

Viajar é isto.
Quem não tem uma boa história para contar?
Viajar é ótimo.
Dá-lhe aventura!

Escrito por Cristawein.



Foto : Praça cívica de Bariloche (Argentina)
Cristawein
Enviado por Cristawein em 05/04/2013
Reeditado em 05/04/2013
Código do texto: T4225888
Classificação de conteúdo: seguro
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