O VALENTÃO
O VALENTÃO
O Valentão é quem diz:
“- Não tenho medo de nada.”
Afirma erguendo o nariz:
“- Enfrento qualquer parada”:
Numa caçada que fiz,
Já matei onça-pintada,
Era apenas aprendiz,
Sem arma, na cacetada.
Numa pescaria eu quis
Agarrar um peixe-espada.
No mergulho fui feliz,
Peguei a raia-pintada.
Pois, o Fantasma, bendiz
Não cruzar na minha estrada.
Fugiu de mim, o infeliz,
No meio da encruzilhada.
Num banho de chafariz
Vi uma cobra enroscada.
Do cansaço me refiz,
Matei-a com uma paulada.
Numa briga eu peço bis,
Seja com faca ou espada.
O Valentão é quem diz:
“- Não tenho medo de nada!”