O Insano

Jovem, alto, robusto, igual a qualquer um de sua idade,

O olhar vago, longínquo, fixo, notava-se sua insanidade.

Passeava pela casa, pelo jardim, pelo bosque, noite e dia,

O passar das horas, das semanas, meses ele não percebia.

Ás vezes ria e falava sozinho, ou calava-se por completo,

Ficava assim por longo tempo, imóvel como um objeto.

Os familiares, os parentes , os amigos ele não reconhecia.

Passado esse transe, esse torpor, a vida nele renascia.

Foram feitos vários tratamentos, com médicos renomados.

Concluíram que a insanidade, a doença dele não tinha cura,

empregaram vários remédios, sem dar quaisquer resultados.

Quem tem a mente insana, não raciocina, vive na inocência,

não tem malícia, maldade, nem culpas, tem a alma pura.

Ignorado por todos, mas com méritos junto à Providência.

Miguel Toledo
Enviado por Miguel Toledo em 17/02/2016
Código do texto: T5546106
Classificação de conteúdo: seguro