O Menino na Areia

O menino na areia deitado,

Sem ninguém, ali foi abandonado.

Abandonou sua casa e sua terra,

Fugindo dos horrores da guerra.

Medo, sede, fome e frio sentindo,

Às pressas de seu país partindo.

Num barco pequeno superlotado,

Em pouco tempo, havia naufragado.

Agora, o menino quieto e imóvel deitado,

Rosto sereno, sem dor na areia deixado.

Está livre do homem e da batalha,

Logo envolto em pequena mortalha.

A humanidade com sua maldade,

Desprezou-o sem dó, sem piedade.

Em sua pátria só encontrou guerra e horror,

Cedo partiu para os braços do Senhor.

Miguel Toledo
Enviado por Miguel Toledo em 08/02/2016
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