Kant

O homem

à sua maneira

cumprindo o dever

tal qual deveras

e sentindo a leveza

do simples cumprimento do dever

Assim esquece do ideal

que a mulher da juventude

lhe impelia

nos ímpetos de amor

Essa mulher ainda o espera

esquecida em algum quarto de porão

ou em algum sótão

qualquer atividade lhe cai tão bem

quanto os farrapos que veste

e na sua espera balzaquiana

pergunta: até quando?

Quando aos 40 e poucos anos

voltar-lhe ao homem do dever

a necessidade pelo âmago

encontrará está mulher em devaneios

Jamais poderá reparar-lhe o dano por não ter-la escolhido

e a despensa a tarefa de ama.

Casa-se com uma dama

de vinte e quatro anos

e assim vivem

um lúdico e perfeito

desfecho Kantiano.

Thai
Enviado por Thai em 24/10/2014
Código do texto: T5009932
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