Cão pião de poesia, cão poeta

Vou ver a tv

me deitar

descansar um pouco

se a inspiração me quiser

estarei de volta ao cantinho

Chinelo

fumo

palha

um Zippo presenteado

pelo mano velho

e às vezes

café

No caminho

do quarto pra sala

o Bob dando pulinhos

e dando no pé

Bob

meu companheiro

meu vizinho

(dividimos o tapete)

destruidor de tapetes!

Está sempre comigo

quando as palavras chegam

e chegam!

As conhece

tão bem quanto eu

sempre lê jornais

no seu banheiro

Sim

o Bob lê!...

não com os olhos de ver

lê com o quarto olho

O Bob

é uma criança

fez *nesse fevereiro

sete meses

é o nosso filho

meu e de Sônia

Bob é meu parceiro

na insônia...

e às vezes

quando eu quero dormir

e ele insone

me tira da cama

e da inconha da preguiça

Me leva

pelo nosso caminho

pra sala, pro cantinho...

onde se aninham versos...

o cantinho ao lado

da entrada de casa

e me mostra

que é hora

as palavras já batem

à nossa porta

NOTA: acompanhem a saga do Bob nas crônicas, "Jesus, eu e Bob" e "Nossa Senhora, eu e Bob".

* Poema de 2002, de meu livro não publicado: "Palavras Emprestadas" 2002-2008. As crônicas e alguns poemas que publiquei e publicarei são desse período e obra.

NOTA: período 2002-2008

Cassio Poeta Veloz
Enviado por Cassio Poeta Veloz em 13/01/2014
Reeditado em 10/02/2014
Código do texto: T4647993
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