Adeus para mim!

Eis que agora, sou grão de areia

Nada, pequena diante de ti,

Oca por fora e por dentro,

Solidão chora no fim,

Se vou ou se fico não sei,

Pois chora a dor que errou,

Se tenho chance, pequei,

Diante de quem me amou,

O fato é que sou assim,

Todos os dias rezo por mim,

Mas, percebo que sou fraca,

E que está perto o meu fim,

Já fraca, caio por terra,

Louca me ponho a chorar,

Das vezes que precisei do amor,

De quem não soube me amar,

Devo ir embora daqui,

Para sempre nunca mais,

Vou relembrar com saudade,

Da casa que foi dos meus pais,

De toda infância fui triste,

Da adolescência nada registrei

Senão os inúmeros pecados

Que nesta terra deixei,

Meu cheiro, odor com tristeza,

Meus lábios, não falam de amor,

Meus olhos que viam a beleza,

Hoje só vêm a dor,

Nesta terra de ninguém,

Onde cada um é para si,

Onde a saudade de outrem,

Leva saudade de ti,

Adeus minha pequena sonhadora,

Saudade pra sempre terei,

Se por acaso a mim procurarem

Diga o quanto amei,

Todas as pessoas são iguais,

Dizem iguais perante Deus,

Mas, parecem diferentes,

No olhar, dos olhos teus,

Este olhar que me assusta,

Mas que acalenta minha dor,

Este seu jeito absoluto,

De tratar do meu amor

Sei que pequei por toda esta vida,

Mas na outra vou te amar,

Deixo beijo na despedida,

E não quero ver-te chorar...

Adeus meus pequeninos,

Nunca mais devo lhes ver,

Mas, diga aos nossos amigos,

Que esta mãe amou vocês.

Del Dias
Enviado por Del Dias em 05/06/2008
Código do texto: T1020631
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